E lá vai ele mais uma vez, depois
de reformar sua casa e torna-lo apreciável para os visitantes, não se deixou
levar por histórias de terceiros, nem pelas cicatrizes que antes lhe causavam
dor. A casa é está bonita, mas grande demais para uma pessoa só. Decidiu sair,
porque o caminho é longo e do horizonte não se vê a chegada. No seu coração há
uma voz que diz que é preciso sair da sua zona de conforto para ter o que quer.
Assim como naquela música que te assombrou algum tempo atrás. Enfim, Só te
resta caminhar. Vai, e dai há mudanças no terreno. Ops, cadê a terra macia do meu
lar? De onde surgiram esses pedregulhos? Ai, meus pés doem. Tenho que ir mais
devagar. Se eu correr muito vou me machucar. Mais à frente, viu que o chão se
tornou úmido, pantanoso, ao redor havia um lago de águas turvas. Preciso ter
cautela, pensou. Não se sabe a profundidade desse lago. Continuou, e só depois
de algum tempo reparou que o caminho é só subida. Olha pra trás e tudo está
menor. Mas a voz manda seguir em frente, e continuou. De repente, estava no
topo de uma montanha. É frio, é silencioso, longe de qualquer contato humano,
mas só aqui ele teve condições de ouvir seus pensamentos e sua voz interior,
que dizia: Continue. E ele continuou. Desceu daquele terreno perigoso e achou
uma linda cachoeira. Água límpida e fria. Decidiu tomar um banho, desnudou-se e
pulou. Mas sabia que era preciso continuar, e assim voltou para o caminho,
energizado e mais sereno. Por fim, achou uma linda praia num fim de tarde. O
sol estava indo embora e ele decidiu ficar para assistir aquele espetáculo.
Perdeu-se tanto em seus pensamentos que aquilo que ele procurava estava ali
perto, observando cautelosamente nosso herói. Também atravessou um caminho
tortuoso, coitado. Merecia repousar. Quando estava pra ir embora, os olhares se
encontraram. Mas apenas um sorriu. O outro ainda não tinha aprendido o
suficiente pra reconhecer quem estava ali.
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