domingo, 9 de outubro de 2011

valores.

Vivo numa sociedade marcada pelo tempo, tudo que fazemos é baseado no relógio. 24 horas onde voce tem que se desdobrar nas mais variadas atividades do dia-a-dia. E nessa necessidade de estarmos sempre 'a tempo' para fazer tudo o que desejamos, inconscientemente fazemos com que tudo se torne apenas momentos. Efêmeros, o que aconteceu 5 minutos atrás nao tem mais importancia. Infelizmente, essa prática está sendo aplicada em demasia no que tange aos relacionamentos. As pessoas possuem o desejo de ter alguém do lado. Para compartilhar. Mas por estarem presos à essa ideologia atual, comprimem tudo que se pode ser vivido em mais 'tempo' num simples momento. Encontro na balada, aquela paquerada básica (isso se nao chegar beijando), palavras que elogiam, sussuros no ouvido que arrepiam, voce o leva pra casa e tem o melhor sexo da sua vida. No dia seguinte resta a simples pergunta: Quem é voce? Mas a pessoa já foi embora. Sem deixar telefone, nome, onde mora.. Confesso que sou um amante a moda antiga, gosto do que é duradouro, do que está presente todos os dias, e que se constrói, aos poucos, sem pressa. Pequenos momentos que (sim), se multiplicam. O problema é que costumo ser marginalizado por esse pensamento, as pessoas me consideram careta. À essas pessoas, vou lembrar uma coisa: O tempo passa para todos, e pode ser que chegue o momento em que voce esteja só, e queria companhia, mas será que vais encontrar a paz, depois de tantos anos levando a vida como um 'momento'? Eu prefiro continuar como sou e ter uma coisa no futuro que valha a pena sentir. Pensando por esse lado, seria eu o amante à moda antiga? Ou seria eu o amante do futuro?

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