domingo, 24 de abril de 2011

Uma carta.

Ao chatinho do Victor...

Há mais ou menos um ano atrás, você me mostrou um texto da Fernanda Mello, intitulado Mel. Você me pediu para que eu escrevesse um texto tipo aquele lembrando quando tivéssemos uma amizade de muitos e muitos anos, algo em torno dos 10 ou 20, nem lembro bem. Mas eu preferi fazer dele meu cartão de feliz aniversário e não uma coisa pra daqui a esse tempo todo. (Só não espere que seja do mesmo estilo, porque, nem é.) Vai que eu não te vejo daqui a 10 anos? Então, tá aqui. Tipo o que eu fiz ano passado, só que mais resumido e com mais cara de texto de feliz aniversário.
Mas, para não perder o costume, acho que posso começar o cartão plagiando um trecho do texto da Fernanda Mello, com suas devidas adaptações, claro.

"Victor é antena. De tudo sabe, de tudo dá notícia. Tem uma memória invejável e lembra com detalhes frases ditas há anos. (...)"

Tudo em sua mente está em constante movimento. Victor é alta velocidade de conexão. Cheio de vontades, padrões e romantismos camuflados por ele mesmo.

Doce ironia: Victor é tantos, em tantas formas e lugares, com tantas ideias, talentos e vontades, que ele é um só. Indivisível."

A este Victor, implicante de primeira categoria, mas que tem uma alma eterna de criança bobalhona, que por mais que tente, não consegue esconder muito bem as coisas, que vez ou outra vem com um sorriso estampado no rosto e que até consegue fazer com que você esqueça dos problemas por alguns minutos, que com a mesma capacidade e radizes com a qual consegue tirar seu juízo, também faz com que se esqueça de que estava chateada com ele. A ele, eu desejo tudo. Tudo que o faça feliz, que faça com que esse sorriso esteja sempre por aí, que essa gargalhada estranha sempre provoque outras gargalhadas, até mais estranhas. E que nada venha a tirar esse brilho, essa vontade de vencer, de crescer, de conquistar um espaço só dele. Desejo que ele tenha sucesso em qualquer coisa que resolva fazer da vida: Seja como fisioterapeuta, ator, participante do BBB.. ou papa-gringa. Que os sonhos construídos agora sejam postos em prática, dando espaço a outros sonhos que vão se aproximando. Que muitos anos ainda sejam vividos. Com saúde, felicidade e amor. E que nada, nada mesmo, venha a atrapalhar sua jornada. Que nada seja forte o suficiente para desmotivá-lo, que nada o faça desistir de lutar.

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter o brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só ombro e colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte segura de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa." Oscar Wilde

Feliz aniversário, feinho.

(Carta que recebi no dia do meu aniversário. Parabéns para mim. 22 anos.)

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