Como reza a tradição de qualquer feriado, meus pais vieram para a capital com o intuito de me visitar, ajeitar umas coisas que eu tou precisando, conversar, puxar minhas orelhas e matar um pouco da grande saudade que temos uns dos outros desde 2008. Nesse, no entanto, aconteceu algo diferente, eu chorei muito na despedida deles hoje. Fiquei arranjando desculpas para eles não irem tão cedo.. "fiquem, eu serei um bom menino, não vou sair hoje, prometo estudar toda a matéria de todos os assuntos da faculdade, prometo lavar a louça, deixar meu quarto sempre arrumado, seguir minha dieta e fazer meus exercícios, não desobedecer o toque de recolher, eu sei que não tenho, mas quero que inventem um só para que eu possa ter vocês regulando minhas saídas, antes eu tinha raiva disso, mas hoje vejo isso de um modo diferente. Mãe, vou fazer teu café, pai, vou lavar teu carro. Léo, vamos jogar Resident Evil 5? Eu faço qualquer coisa.. só peço mais um momento com vocês aqui, é tão dificil, pai. Se você pudesse ver.." Fiz de tudo para segurar as lágrimas, mas quando vi 3 rostos das pessoas que mais importam na minha vida dentro do carro, prontos para passar mais uma temporada distante de mim, meu coração apertou e eu não resisti. Depois do desabafo, fiquei imaginando porque isso aconteceu.. saí de casa aos 18, hoje tenho 22, e parece que tou andando para trás? não não.. Pensei que ao sair de casa, eu me tornaria mais forte, que antes significava pra mim ser mais 'duro', resistente, implacável, infalível, e não essa pessoa sensível que ultimamente tá chorando mais do que tudo. Hoje eu aprendi que ser forte não é reprimir sentimentos, e sim, exprimí-los sempre que eles pedem para sair. Assim, você sempre está reciclando emoções, livrando-se de tudo que tá guardado, pronto para receber mais emoções para colocá-las pra fora. Isso te dá uma força que você nem imagina, estou preparado para continuar minhas lutas aqui em Natal, aguardando ansiosamente meu reencontro com minhas 3 pedras preciosas em Junho. Até lá.
domingo, 24 de abril de 2011
Uma carta.
Ao chatinho do Victor...
Há mais ou menos um ano atrás, você me mostrou um texto da Fernanda Mello, intitulado Mel. Você me pediu para que eu escrevesse um texto tipo aquele lembrando quando tivéssemos uma amizade de muitos e muitos anos, algo em torno dos 10 ou 20, nem lembro bem. Mas eu preferi fazer dele meu cartão de feliz aniversário e não uma coisa pra daqui a esse tempo todo. (Só não espere que seja do mesmo estilo, porque, nem é.) Vai que eu não te vejo daqui a 10 anos? Então, tá aqui. Tipo o que eu fiz ano passado, só que mais resumido e com mais cara de texto de feliz aniversário.
Mas, para não perder o costume, acho que posso começar o cartão plagiando um trecho do texto da Fernanda Mello, com suas devidas adaptações, claro.
"Victor é antena. De tudo sabe, de tudo dá notícia. Tem uma memória invejável e lembra com detalhes frases ditas há anos. (...)"
Tudo em sua mente está em constante movimento. Victor é alta velocidade de conexão. Cheio de vontades, padrões e romantismos camuflados por ele mesmo.
Doce ironia: Victor é tantos, em tantas formas e lugares, com tantas ideias, talentos e vontades, que ele é um só. Indivisível."
A este Victor, implicante de primeira categoria, mas que tem uma alma eterna de criança bobalhona, que por mais que tente, não consegue esconder muito bem as coisas, que vez ou outra vem com um sorriso estampado no rosto e que até consegue fazer com que você esqueça dos problemas por alguns minutos, que com a mesma capacidade e radizes com a qual consegue tirar seu juízo, também faz com que se esqueça de que estava chateada com ele. A ele, eu desejo tudo. Tudo que o faça feliz, que faça com que esse sorriso esteja sempre por aí, que essa gargalhada estranha sempre provoque outras gargalhadas, até mais estranhas. E que nada venha a tirar esse brilho, essa vontade de vencer, de crescer, de conquistar um espaço só dele. Desejo que ele tenha sucesso em qualquer coisa que resolva fazer da vida: Seja como fisioterapeuta, ator, participante do BBB.. ou papa-gringa. Que os sonhos construídos agora sejam postos em prática, dando espaço a outros sonhos que vão se aproximando. Que muitos anos ainda sejam vividos. Com saúde, felicidade e amor. E que nada, nada mesmo, venha a atrapalhar sua jornada. Que nada seja forte o suficiente para desmotivá-lo, que nada o faça desistir de lutar.
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter o brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só ombro e colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte segura de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa." Oscar Wilde
Feliz aniversário, feinho.
(Carta que recebi no dia do meu aniversário. Parabéns para mim. 22 anos.)
terça-feira, 19 de abril de 2011
silêncio.
Se eu pudesse descrever minha vida nesses últimos dias antes do aniversário, poderia dizer que ele tá parecendo a madrugada, naquele horário entre as 3h e 4h da manhã. Aquele momento da noite onde tá escuro, tá calmo, sem muito movimento, a não ser quando você muda de posição na cama. Não há barulho, mas não é aquele silêncio aterrador, ele é tranquilo, passa a mensagem de que até as criaturas da noite estão adormecidas, é nessa hora que a paz reina. É o fechamento de um ciclo. É exatamente aquele intervalo entre o 'pesadelo' e o 'amanhecer', que traz de volta todo o burburinho do dia. Não tá acontecendo muita coisa na minha vida, está tudo em paz, relações harmoniosas em casa, na família, com os amigos, comigo mesmo. Isso é bom, mas como todo bom taurino, eu sempre quero mais. Confesso que estou aguardando ansiosamente o nascer do sol, ou melhor, o renascer do sol. Assim como no Ano Novo, no aniversário a pessoa tem uma chance de se renovar, ver o que melhorou, o que pode (e deve) melhorar, se os objetivos que tinha traçado foram alcançados, se não, o que deve ser feito para conseguir, enfim. Posso dizer que jamais vou esquecer meus 21 anos, ele foi o ano que aconteceu de tudo, e que sempre que eu quiser buscar forças para superar algo no futuro, posso tranquilamente lembrar de como cresci nessa idade, pois tudo que vivi, tudo que passei servirá para meu amadurecimento. Que minha nova idade seja feliz, me traga coisas coisas, momentos bons, amigos novos, novos amores, viagens, e também momentos ruins, pois são estes que determinam minha mudança, sempre com o objetivo de me tornar um homem melhor. ;)
E se eu puder dar um conselho, aqui vai um precioso: Tenham sempre a capacidade de realizar a autocrítica. Saber aonde estás acertando, o que você tá errando, o que você deve fazer para melhorar, estejam sempre em processo de reciclagem. Conservem apenas a essência, o resto pode ser alterado.
domingo, 17 de abril de 2011
Quer saber?
Universo, tenho uma proposta para você: Eu vou parar de choramingar pelos cantos, parar de procurar aquela pessoa, evitar momentos tristes e reclamar da solidão. E apenas seguir em frente, aprimorando-me em todos os sentidos, tanto no amadurecimento social, profissional e pessoal. Prometo cuidar de mim, com aquele compromisso de me tornar um ser humano melhor e digno. Se eu conseguir isso com perfeição, você me traz uma pessoa que esteja fazendo a mesma coisa que eu sugeri e que agora quer dividir sua vida comigo, sem necessidade de pensar no amanhã. Vai realizar todos os meus desejos que outrora esqueci e eu farei o possível para fazê-la feliz. Para que assim não haja arrependimentos nem incertezas, apenas amor. Combinado?
sábado, 16 de abril de 2011
devaneios.
Sábado, 16 de abril, contagem regressiva para o meu aniversário. E como todo bom taurino, encontro-me naquele inferno astral que antecede o dia em que se inicia um novo ciclo. Uma amiga me enviou uma música que está aqui, em loop, me fazendo pensar em várias coisas, como uma retrospectiva, tudo que já fiz, tudo que já passei, tudo que já foi tirado de mim, tudo que está chegando numa velocidade que entenderei apenas quando já estiver fazendo parte do 'presente' fazendo juz ao siginificado do substantivo. A música prendeu minha atenção, pois fala de um amor estável e eterno, onde o compositor não encontra palavras para definir o que sente, mas assegura a pessoa amada que ele sente, e que isso é o que deve importar. Lembrei da novela das 6, onde os protagonistas vivem aquele amor avassalador, que barra o ar e vira seu mundo de cabeça pra baixo. Sinto um pouco de inveja quando presencio coisas do tipo. A última vez que eu tive chances disso ser real em minha vida foi em 2009. E como vocês devem ter notado, não deu muito certo. Um ano se passou, muita água passou embaixo da ponte e ninguém ainda passou por ela, não ao ponto de fazer o barulho necessário para chamar minha atenção. Afinal, será mesmo impossível ter essa pessoa, ainda mais nas sob as "condições especiais" nas quais me foram dadas? Não sei, sei que como todo romântico irremediável, vou manter minha atenção voltada para a ponte, embora finja estar distraído com outras coisas.
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